Nova diretoria da Fundação Bienal do Mercosul toma posse com gestão em modelo inédito de copresidência

Ordem de aparição da nova diretoria: André Jobim de Azevedo,Vitor Ortiz,
Ana Espíndola,Jéssica De Carli,André Venzon,Maria Fernanda de Lima Santin,
Márcio Carvalho, Gabriela Fontoura Brasil, André Malcon, Luciano Faraco,
Gressiana Estevan,Felipe Correa Braga e Vinícius Amorim.


Por Ana Paula Dixon - foto: Vini Dalla Rosa


O Museu de Arte Contemporânea do RS (MACRS) foi o local escolhido para a posse da nova diretoria da Fundação Bienal do Mercosul para o triênio 2026-2028. Emblemático aos copresidentes que tomaram posse oficial no final da tarde de terça-feira (11/11), o arquiteto e empresário Márcio Carvalho e a economista e empresária Maria Fernanda de Lima Santin, que tiveram trajetórias marcantes frente à Associação de Amigos do Museu de Arte do Rio Grande do Sul (AAMACRS) que permitiu viabilizar do projeto à obra o sonho de 30 anos da sede própria do Museu. Em clima de uma grande celebração coletiva, o evento reuniu 340 pessoas nos jardins do Museu.

A cerimônia reuniu artistas, amigos e imprensa para a solenidade e confraternização no simbólico espaço que marca um avanço para a cena cultural gaúcha. Conduzida pelo jornalista Roger Lerina, a solenidade de posse teve início com a fala do presidente do Conselho da Fundação Bienal do Mercosul e primeiro dirigente da instituição, Justo Werlang, que relembrou que a Bienal do Mercosul foi criada a partir da inquietação de artistas do Sul, do envolvimento do Governo do Estado do RS e empresários. Ele reforçou a importância da Fundação para a sociedade gaúcha. "A Fundação Bienal do Mercosul foi concebida como elemento de transformação. Sua existência se justifica pelos serviços que ela presta a toda a sociedade pelo seu propósito da universalização do acesso à arte", enfatizou Werlang.

A empresária Carmen Ferrão foi homenageada ao passar a presidência aos novos dirigentes. Em sua fala, ela salientou que participa da Bienal desde a sua primeira edição e relembrou que presidiu as duas bienais em momentos desafiadores: a 13ª em plena pandemia e a 14ª após a enchente de 2024, realizando, apesar dos desafios, dois grandes eventos. Em sinergia com os novos copresidentes, Carmen falou do propósito de democratizar a arte. "Queria colocar mais a arte para todos", ressaltou, lembrando os projetos complementares que em 2025 transcenderam a mostra a 40 galerias de arte, à cena gastronômica da capital, à periferia e a espaços até mesmo fora da capital. "Essa é uma missão: fazer com que a arte chegue cada vez mais a mais pessoas. Porque ela transforma, ela é saúde, é alegria", enfatizou. "Presidir as duas bienais vai estar guardado na minha memória e no meu coração como uma das coisas mais importantes que eu vivi aqui nesta terra", finalizou emocionada. Com alegria, a empresária anunciou que acolheu com enorme satisfação a proposta da copresidência entre Márcio Carvalho e Maria Santin.

A proposta de copresidência entre Márcio Carvalho e Maria Fernanda de Lima Santin não é apenas institucional, é simbólica e representa a fusão de forças, de gêneros, de visões e métodos. Ao tomarem posse, eles apresentaram brevemente os três eixos já delineados para conduzir o trabalho à Frente da Fundação Bienal do Mercosul: Identidade Territorial, Fortalecimento do Calendário Cultural e Educativo Permanente. "Esse momento nasce da confiança e da parceria da escuta e do diálogo. Nossa gestão iniciou ouvindo conselheiros, ex-presidentes, gestores, curadores, educadores, políticos, artistas e a comunidade. O gesto da escuta é tão importante para iniciar o diálogo", frisou Márcio Carvalho.

Eles anunciaram que em sua gestão farão uma revisão estratégica da Fundação Bienal do Mercosul (que em 2027 celebra 30 anos de sua primeira mostra), com o objetivo de consolidá-la não apenas como realizadora de um grande evento a cada dois anos, mas como uma instituição de cunho permanente e um vetor de educação contínua através da arte e da cultura. "Tenho como propósito difundir a arte contemporânea para o maior número de pessoas possíveis. Nas nossas conversas, eu e Márcio percebemos que a Fundação Bienal do Mercosul está acima de tudo nas pessoas que acreditam nela", pontuou Maria Fernanda de Lima Santin. Uma das propostas da nova gestão é expandir a articulação da Bienal com outros eventos e projetos transversais nas artes já integrados ao calendário do Rio Grande do Sul e, além do aspecto regional, ampliar o diálogo e o intercâmbio com iniciativas nacionais e internacionais do setor.

A nova diretoria composta por doze membros subiu ao palco para tomar posse de seus cargos. São eles: Ana Espíndola - Relações Institucionais com Mercado; André Jobim de Azevedo – Jurídico; André Malcon- Ativação Transversal nas Artes; André Venzon - Relações Institucionais Culturais; Felipe Braga Corrêa - Administrativo-Financeiro; Gabriela Fontoura Brasil - Social Multifacetada; Gressiana Estevan - Planejamento e Comunicação; Jéssica De Carli - Educativo Permanente; Luciano Faraco - Produção e Projetos Especiais; Rodrigo Azevedo Pereira - Propriedade Intelectual; Vinícius Amorim - Ativação Urbana e Vitor Ortiz - Relações Institucionais e Governamentais.

Representando o Governo do Estado, o secretário-adjunto da Cultura, Fabiam Thomas participou do evento finalizando a cerimônia de posse da nova diretoria da Fundação Bienal do Mercosul 2026-2028. Após a solenidade aberta ao público, os participantes brindaram e celebraram em festa realizada no Rádio Agulha para a confraternização.


Crédito das Fotos: Vini Dalla Rosa

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