Por Gabriel Fogliati*
Em determinados momentos da vida pública, uma cidade se vê diante de decisões que ultrapassam disputas individuais. São períodos em que a população precisa observar o cenário com maturidade e identificar o que realmente sustenta o funcionamento de um município: continuidade, responsabilidade e compromisso com a verdade.
Cachoeirinha vive um desses momentos
E, nessas horas, mais do que apontar culpados ou alimentar tempestades, é fundamental entender o valor da estabilidade institucional. Não se trata de defender pessoas, mas de proteger o caminho que vem sendo construído. Quando um governo entrega resultados, organiza processos e mantém a máquina funcionando, qualquer ruptura precipitada cobra um preço alto de todos.
É por isso que insistir em retrocessos, agora, não é apenas um erro político: é um risco para a cidade.
Reconhecer o ponto em que já avançamos demais para permitir que disputas momentâneas desmontem o que foi estruturado com esforço é essencial. Algumas crises só se superam com firmeza e continuidade, não com interrupções ou aventuras institucionais.
A população talvez não veja todos os bastidores, mas sente os efeitos. Sente quando o foco se desloca do trabalho para o conflito. Sente quando projetos ficam em pausa. Sente quando a energia que deveria estar voltada para melhorar a cidade passa a ser consumida por disputas que pouco contribuem para a vida real das pessoas.
Por isso, a defesa da estabilidade não é apoio cego. É visão de futuro.
É saber que, em uma cidade onde tanto ainda precisa ser feito, interromper um trabalho em andamento significa atrasar anos de construção. É entender que, quando há equilíbrio administrativo, responsabilidade fiscal, organização de serviços e planejamento, o interesse coletivo deve pesar mais do que qualquer clima político.
A sociedade tem maturidade para perceber isso. Tem capacidade de enxergar quem trabalha com seriedade e quem aposta na turbulência.
Tem sensibilidade para reconhecer quando uma tentativa de ruptura nasce mais do calor da disputa do que da necessidade pública.
Seguir adiante é a escolha mais sensata, pois a cidade não pode andar para trás justamente quando começa a colher resultados.
E não se trata de nomes. Trata-se de princípios: continuidade, responsabilidade e compromisso com o cidadão.
Cachoeirinha já atravessou tempestades maiores e vai atravessar esta também.
E chegará mais forte, desde que a população escolha o caminho que preserva o que funciona e evita que o município se perca em conflitos que nada entregam.
A cidade merece seguir construindo, não desconstruindo.
E é esse o compromisso que deve guiar todos nós.
*As opiniões manifestadas pelos colunistas, não refletem, necessariamente a opinião do Info do Vale.

0 Comentários