Psoríase Brasil leva à ALRS dados inéditos sobre filas, falta de especialistas e falhas no acesso, pressionando o Estado a aplicar lei aprovada em 2023
O acesso dos gaúchos com doenças crônicas e autoimunes de pele na rede pública de saúde será tema central do encontro “Diálogos Pele Sem Barreiras RS”, que acontece nesta quinta-feira (27/11), às 16h, na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul – Sala Dr. Alberto Pasqualini. A iniciativa, promovida pela Psoríase Brasil em parceria com a Frente Parlamentar pelas Doenças Crônicas de Pele do RS, presidida pelo deputado Dr. Thiago Duarte, busca expor dados, cobrar respostas e acelerar a implementação, ainda pendente, da Lei 15.953/2023, que institui a Política Estadual para diagnóstico precoce, tratamento adequado e garantia de acesso às pessoas que convivem com psoríase, dermatite atópica, hidradenite supurativa, vitiligo, urticária crônica espontânea e alopécia areata.
Durante o encontro, a Psoríase Brasil reforça três solicitações formais já encaminhadas à Secretaria Estadual da Saúde: o número de pacientes que aguardam a primeira consulta com dermatologista por região, a distribuição de especialistas na rede pública em cada localidade e os critérios de priorização para casos graves, que exigem avaliação e tratamento especializado sem longas esperas. São informações consideradas essenciais para avaliar a capacidade real do Estado em garantir acesso contínuo e equânime aos pacientes.
A demanda ganha força diante dos dados mais recentes coletados com pacientes gaúchos, que apontam falhas significativas no acesso ao cuidado: 30% relatam demora para conseguir consulta, 32% enfrentam dificuldade para obter tratamentos e 20% mencionam problemas no fornecimento de medicamentos. Para a Psoríase Brasil, os números evidenciam a necessidade de estruturar fluxos transparentes, reduzir desigualdades regionais e garantir continuidade no atendimento, tanto na Atenção Primária quanto na Especializada.
Ao promover o Diálogos Pele Sem Barreiras RS, a entidade reafirma seu compromisso com o advocacy, o diálogo com o poder público e a construção de políticas que assegurem um cuidado contínuo, organizado e acessível para quem convive com doenças crônicas de pele no Rio Grande do Sul.

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