Cachoeirinha segue inovando em ações sustentáveis e solidárias. Após as enchentes de maio de 2024, o município recebeu um grande volume de roupas doadas, mas parte dessas peças chegou em condições impróprias para uso, apresentando mofo, umidade excessiva e contaminação por fungos. Para evitar o desperdício e reduzir impactos ambientais, a Prefeitura encontrou uma solução inteligente: transformar essas roupas em cobertores.
Na tarde desta terça-feira (22), cerca de 400 unidades recicladas chegaram à Casa de Doação, localizada na Avenida José Brambila, 1540, bairro Vista Alegre. O espaço, responsável pela entrega consciente de donativos, integra a Campanha do Agasalho atualmente em andamento na cidade.
O prefeito Cristian Wasem destaca o caráter social e ambiental da iniciativa. “Transformar o que seria lixo em cobertores é um exemplo claro de como a gestão pública pode ser eficiente e humana ao mesmo tempo. Nosso foco é sempre cuidar das pessoas e também do meio ambiente”, pontua o prefeito.
O processo envolveu a reciclagem de resíduos têxteis, garantindo a higienização, reaproveitamento e conversão dos tecidos em cobertores. Já os resíduos contaminados, que não puderam ser aproveitados, foram destinados ao coprocessamento em fornos industriais, assegurando a destruição completa de agentes patogênicos.
A ação foi articulada entre o gabinete do prefeito Cristian Wasem, o gabinete da primeira-dama Fabi Medeiros, a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SMMAS), a Secretaria de Infraestrutura e Serviços Urbanos (Smisu) e a Secretaria de Cidadania e Assistência Social (SMCAS).
Para o secretário de Assistência Social, Nerisson Oliveira, a medida representa um avanço importante na política pública de assistência. “Garantimos o destino correto para roupas inutilizáveis e, ao mesmo tempo, proporcionamos cobertores para quem mais precisa. É uma vitória social e ambiental para Cachoeirinha”, afirma o secretário.
Além de beneficiar diretamente a população em vulnerabilidade, a prática contribui para o cumprimento da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010), ao evitar que toneladas de tecidos acabem em aterros sanitários, onde levariam décadas para se decompor, liberando microfibras plásticas e contaminantes no solo, na água e no ar.
A iniciativa também chama a atenção para o impacto do setor têxtil no meio ambiente, responsável por 10% das emissões globais de gases de efeito estufa e pelo alto consumo de água industrial. O projeto de Cachoeirinha se posiciona como exemplo de solução criativa para um problema crescente nas cidades brasileiras.
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