Com surtos cada vez mais frequentes em creches e escolas, a Síndrome Mão-Pé-Boca (SMPB) preocupa pais e profissionais de saúde. Causada pelo vírus Coxsackie, a enfermidade é altamente contagiosa e afeta principalmente crianças menores de cinco anos.
O que é a Síndrome Mão-Pé-Boca e quem ela atinge
A Síndrome Mão-Pé-Boca é uma infecção viral provocada pelo Coxsackie A16 e outros enterovírus que vivem naturalmente no sistema digestivo humano. Embora também possa atingir adultos, é mais comum na primeira infância, especialmente entre crianças que frequentam creches e escolas, onde o contato próximo favorece a disseminação do vírus.
A doença costuma ocorrer durante o ano todo, mas apresenta maior incidência em estações quentes e úmidas, como a primavera e o verão. Ambientes fechados e aglomerações infantis, além do contato com água contaminada (piscinas, brinquedos molhados ou parquinhos), aumentam o risco de infecção.
Sintomas e evolução da doença
Os primeiros sinais incluem febre baixa e mal-estar, seguidos de feridas dolorosas na boca e erupções nas mãos, pés e nádegas. As lesões podem evoluir para pequenas bolhas, causando dor ao engolir e irritabilidade. Outros sintomas frequentes são falta de apetite, diarreia e salivação excessiva.
Em geral, os sintomas são leves e se resolvem entre cinco e sete dias, mas é importante manter atenção à hidratação, a dor ao engolir pode levar à desidratação, uma das principais complicações da síndrome.
Formas de transmissão e prevenção
A SMPB é transmitida por contato direto com saliva, secreções, fezes ou objetos contaminados. O vírus pode ser eliminado pelas fezes até quatro semanas após a recuperação, o que facilita sua disseminação.
Para reduzir o risco de contágio, é essencial seguir medidas de higiene:
Lavar as mãos com água e sabão, especialmente após trocar fraldas e antes das refeições;
Evitar compartilhar copos, mamadeiras, talheres e brinquedos;
Higienizar superfícies e objetos com álcool 70% ou solução de água sanitária diluída;
Manter boa ventilação em casa, escolas e creches;
Afastar crianças doentes até o desaparecimento completo dos sintomas.
Além disso, cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar e descartar corretamente fraldas e lenços também ajudam a conter a disseminação do vírus.
Tratamento e quando procurar ajuda médica
Ainda não existe vacina nem tratamento específico para a doença. O cuidado é voltado ao alívio dos sintomas, com hidratação, alimentação leve e uso de analgésicos ou antitérmicos sob orientação médica.
Pais e responsáveis devem procurar atendimento caso a criança apresente:
Dificuldade intensa para engolir;
Sinais de desidratação (boca seca, pouca urina, sonolência);
Febre persistente ou agravamento das lesões.
Com acompanhamento adequado e cuidados simples de higiene, a recuperação é rápida e completa.

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