A pedido do prefeito Cristian, a secretária de Habitação Neka Fagundes articula com o governo federal a ampliação do programa que já entregou 14 casas e beneficia famílias afetadas.
A secretária municipal de Habitação de Cachoeirinha, Neka Fagundes, esteve em Brasília para pleitear junto ao governo federal uma nova rodada do programa Compra Assistida, voltado à reconstrução da vida de famílias atingidas pelas enchentes de maio de 2024. A iniciativa, inserida no programa Minha Casa, Minha Vida – Reconstrução, já permitiu que 14 famílias recebessem as chaves da nova moradia no município.
Entre os beneficiados está Laíde Moura da Silva, moradora do bairro Meu Rincão, que perdeu tudo o que possuía. Hoje, recomeça em uma casa no bairro Nova Cachoeirinha. “Perdi móveis, todos os meus documentos, mas hoje estou aqui, com a minha casinha e não preciso mais me preocupar”, conta emocionada. O programa permite a aquisição de imóveis de até R$ 200 mil com recursos federais do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), sem custo direto para os beneficiários.
Vidas reconstruídas, esperança ampliada
Outra história que simboliza a força do Compra Assistida é a de Maricelia Abreu Brum, que viu sua vida virar do avesso com os alagamentos. Agora, no bairro Moradas do Bosque, ela celebra a nova fase: “Depois de ficar sem nada, consegui minha casinha e estou fazendo de tudo para ser feliz aqui. Minhas irmãs também foram contempladas”.
Essas conquistas, segundo a secretária Neka Fagundes, motivaram a ida a Brasília em junho. O objetivo foi dialogar com representantes do Ministério das Cidades, da Caixa Econômica Federal e da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec), ligada ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), para garantir uma nova liberação de recursos.
Cristian apoia a iniciativa
O prefeito Cristian Wasem acompanha de perto o andamento do programa e reforça o compromisso da gestão com as famílias afetadas. “Estamos fazendo todos os esforços possíveis para garantir moradia digna a quem perdeu tudo nas enchentes. Essa missão em Brasília é parte de um trabalho conjunto, que busca reconstruir vidas com responsabilidade e celeridade”, afirmou o prefeito.
Segundo Cristian, o Compra Assistida é uma das estratégias mais eficazes para atender a população que mais sofreu com a tragédia climática. “Sabemos que há muitas pessoas ainda esperando. E não vamos descansar até que todas tenham o direito de recomeçar com dignidade.”
Demanda reprimida e expectativa de nova liberação
De acordo com a Secretaria de Habitação, até dezembro de 2024, 103 solicitações foram enviadas à Caixa, das 165 recebidas. Algumas foram indeferidas por critérios técnicos, como ausência de dano estrutural que impedisse a moradia.
Ainda há 34 famílias em processo de aquisição de imóveis, além de outras 40 com cadastros já finalizados e aprovados pelo município, aguardando a liberação federal. “Solicitamos a abertura de novos prazos. Muita gente ainda está sem casa, inclusive moradores que retornaram a residências em áreas de risco”, explicou Neka.
As regiões mais afetadas em Cachoeirinha foram os bairros Meu Rincão, Parque da Matriz e as áreas de entrada pela avenida Assis Brasil, na divisa com Porto Alegre.
Diálogo com o governo federal e visita técnica em negociação
Durante os encontros em Brasília, o coordenador de Habitação e Ações de Reconstrução da Sedec, Ademar Lopes da Silva Junior, recebeu o plano de ação apresentado por Cachoeirinha. A proposta incluiu as intervenções realizadas pela Secretaria Municipal de Infraestrutura (Smisu), como limpeza de redes pluviais e alargamento de bueiros, ações que fortalecem o pedido de continuidade do programa.
A expectativa, agora, é a realização de uma visita técnica da Sedec à cidade, o que pode ser decisivo para destravar os repasses. Segundo Neka, a Casa Civil também está em tratativas com o presidente Lula para garantir nova rodada de investimentos em reconstrução habitacional.
Prazo final para beneficiários escolherem imóveis
Para quem já foi contemplado, o prazo final para escolher o imóvel vai até 31 de agosto, após uma prorrogação de 60 dias autorizada pelo Ministério das Cidades. A medida visa assegurar que todas as famílias possam, enfim, dar início a uma nova etapa de vida com dignidade e segurança.
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