Governo do Estado inicia última etapa de desmobilização do Centro Humanitário de Acolhimento em Canoas



Foto: Luís André/Secom RS


Por André Guterres - com informações SECOM RS


Primeiras 12 famílias foram transferidas neste sábado (17) do CHA Esperança para novas unidades no bairro Estância Velha

A manhã deste sábado (17) marcou um passo decisivo no processo de reconstrução de Canoas. Doze famílias que estavam abrigadas no Centro Humanitário de Acolhimento (CHA) Esperança foram transferidas para moradias temporárias, instaladas no bairro Estância Velha. A ação é coordenada pelo governo do Estado do Rio Grande do Sul, em parceria com a Prefeitura de Canoas, a Organização Internacional para as Migrações (OIM/ONU) e outras entidades.

Ao todo, Canoas contará com 58 unidades habitacionais temporárias. A transferência das famílias será feita de forma gradual ao longo da próxima semana, até que o CHA Esperança seja completamente desmobilizado. O local chegou a abrigar centenas de pessoas desde sua inauguração em julho de 2024, como resposta emergencial às enchentes que devastaram o estado.

Casas temporárias em Canoas - Foto: Luís André/Secom


Passo importante na reabilitação das famílias

O vice-governador Gabriel Souza, que liderou a implementação dos CHAs no auge da crise, celebrou o momento como símbolo de avanço na reconstrução social. "Estamos empenhados em garantir que essa fase de transição seja concluída com eficiência e sensibilidade, pensando sempre no bem-estar das pessoas envolvidas. A desmobilização gradual do CHA Esperança em Canoas demonstra que o governo do Estado está alinhado às ações de reconstrução, oferecendo moradias temporárias adequadas e suporte completo às famílias, até que elas possam receber suas casas definitivas pelo governo federal", afirmou.


Apoio completo para recomeçar com dignidade

As moradias temporárias contam com estrutura completa: 27 metros quadrados, com dormitório, cozinha e sala conjugadas, banheiro, móveis planejados e eletrodomésticos. Os módulos são feitos com aço galvanizado e concreto, oferecendo conforto e segurança para as famílias.

A realocação está sendo acompanhada pela OIM, que também oferece transporte, vale-alimentação por três meses e apoio financeiro para compra de utensílios domésticos.

“Ao longo desses dez meses, os Centros Humanitários cumpriram seu papel no acolhimento das pessoas afetadas pelas enchentes. Agora, para as famílias que ainda necessitam, nosso trabalho continua no acompanhamento desse processo de reintegração e retomada do cotidiano”, destacou Eugênio Guimarães, coordenador de Operações da OIM no RS.

De volta à dignidade de morar

O secretário estadual da Habitação, Carlos Gomes, relembrou o trabalho realizado desde o início da tragédia: “Ver Canoas encaminhando seus acolhidos tem muito significado para a Sehab. Acompanhamos o município desde o primeiro dia da enchente. Percorremos as ruas de barco, ajudamos no resgate e visitamos todos os abrigos. Agora, participar da etapa da reconstrução e ver essas pessoas recebendo o primeiro passo na dignidade de morar, nos dá a certeza de termos tomado o caminho certo”, declarou.


Investimento e futuro

O investimento do Estado para aquisição de 625 Módulos Habitacionais Transportáveis (MHTs) ultrapassa os R$ 83 milhões. Além de Canoas, Porto Alegre, Eldorado do Sul e Rio Pardo também receberão moradias temporárias nas próximas semanas.

Enquanto isso, a construção de casas definitivas já está no horizonte: Canoas contará com 51 novas moradias através do programa "A Casa é Sua – Calamidade", com investimento de R$ 7,1 milhões. O terreno já está sendo preparado pela prefeitura, e a previsão é que as obras sejam concluídas em até 120 dias após o início da construção.


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