Dia Nacional de Combate à Sífilis e Sífilis Congênita teve atividades em Cachoeirinha



A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) que pode ser facilmente prevenida com o uso de preservativo em todas as relações sexuais.


No último sábado, 20 de outubro, Cachoeirinha celebrou o Dia Nacional de Combate à Sífilis e Sífilis Congênita, com a finalidade de promover a saúde da mulher, ofertando testes rápidos de HIV, sífilis e hepatites virais. Para tanto, algumas unidades de saúde de Cachoeirinha estiveram abertas, além de uma ação no Ginásio Municipal, com orientações em saúde, aferição de pressão, atividades de beleza e brinquedos para as crianças. As atividades fizeram parte da programação do Outubro Rosa.

   
A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) que pode ser facilmente prevenida com o uso de preservativo em todas as relações sexuais. A sífilis é chamada de congênita quando é transmitida durante a gestação, pela placenta, da mãe para o bebê. O Dia Nacional de Combate à Sífilis e Sífilis Congênita foi instituído pela Lei 13.430/2017, sendo sempre o terceiro sábado do mês de outubro.

    Nos últimos três anos, o número de casos de sífilis vem crescendo, não só em Cachoeirinha, mas também no Brasil. Conforme o Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN), em 2015, foram diagnosticados 190 casos de sífilis no município, em 2016, foram 271; em 2017, 218 casos; e até o momento, 2018 já registra 210 casos de sífilis. Para o secretário de Saúde, Paulo Abrão, o aumento dos casos de sífilis pode ser explicado pela facilidade do acesso ao teste rápido. “Por isso, a SMS, através das Unidades de Saúde, vêm promovendo ações para garantir acesso aos testes rápidos a toda população, a fim de obter o diagnóstico e fornecer tratamento”, esclarece o titular da pasta.

    Para o diagnóstico da sífilis, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferta o teste rápido que, além de detectar a infecção, permite o diagnóstico do HIV e das hepatites virais B e C, em até 30 minutos. O teste rápido está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Estratégia de Saúde da Família (ESF) de Cachoeirinha e é indicado para toda a população e, em especial, para as gestantes no primeiro e terceiro trimestres de gravidez, a fim de prevenir a sífilis congênita, através do diagnóstico precoce e tratamento oportuno. O companheiro da gestante também deve realizar o teste rápido e ser tratado, se necessário, para evitar a reinfecção.

    De acordo com o SINAN, em 2015, foram diagnosticados 17 casos de sífilis em gestantes no município, em 2016, foram 27, em 2017, 57 casos e, em 2018, até o momento, são 31 detecções da doença. Se a sífilis na gestante não for tratada, pode haver sérias complicações, como aborto espontâneo, natimorto, nascimento prematuro, recém-nascido com sinais clínicos de sífilis congênita (cegueira, surdez, problemas ósseos, alterações neurológicas) ou ainda bebê aparentemente saudável que desenvolve sinais clínicos posteriormente.

    O mesmo sistema aponta que em Cachoeirinha foram registrados, em 2015, 15 casos de sífilis congênita, 12 em 2016, 19 casos em 2017, e até agora, em 2018, foram 15 casos. Conforme Protocolo de Investigação de Transmissão Vertical da Sífilis do Ministério da Saúde 2014, a Secretaria Municipal de Saúde realiza o acompanhamento das crianças expostas (consultas e exames). O acompanhamento está relacionado aos casos notificados e as crianças expostas, mesmo quando houve pré-natal adequado. Em 2016, foram 21 crianças acompanhadas, destas 15 já encerraram o acompanhamento. Em 2017, foram 22 crianças acompanhadas, destas dez já encerraram o acompanhamento. E em 2018, de janeiro a junho, foram 29 crianças acompanhadas, destas duas já encerraram o acompanhamento. 

Por Andressa de Bem e Canto - Foto: Agência Brasil/Divulgação


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