PT de Cachoeirinha critica motivação política nos pedidos de impeachment contra o prefeito Cristian





O Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) de Cachoeirinha e a Bancada de Vereadores do partido divulgaram nota pública na última quinta-feira (30), sobre os dois pedidos de impeachment apresentados contra o prefeito Cristian Wasem. Embora o PT integre a oposição ao governo municipal, o partido alertou para a necessidade de responsabilidade política e respeito ao devido processo legal, destacando que a tentativa de afastamento pode ter motivações mais políticas do que jurídicas.


PT cobra coerência e critica oportunismo político

Na nota assinada pelo Diretório Municipal e pela Bancada de Vereadores do PT, o partido reconhece o desgaste da atual administração, mas ressalta que o processo de impeachment, se conduzido de forma precipitada, pode se transformar em um instrumento de disputa de poder. “Não se pode negar que há um clamor público e críticas ao governo, mas é preciso refletir sobre o método pelo qual isso deve acontecer. O caminho do impeachment pode soar como um atalho, mas pode se revelar um golpe político travestido de moralidade”, diz o texto.

O partido também destacou que os mesmos grupos que hoje pedem o afastamento do prefeito integraram a base aliada nas eleições e nos primeiros meses de governo. “Os que agora repudiam o governo ajudaram a sustentá-lo, ocuparam cargos e se beneficiaram dele. Isso não é arrependimento, é disputa por poder, influência e recursos”, afirma o comunicado.


Defesa da democracia e do debate responsável

Mesmo na posição de oposição, o PT de Cachoeirinha defende que o debate político seja conduzido com coerência e respeito às instituições. “A retirada do prefeito, sem retirar o sistema que o sustenta, não é mudança, é a continuidade mascarada de renovação”, conclui a nota.

O partido reafirmou seu compromisso com a democracia, a ética pública e a defesa dos interesses da população, pedindo serenidade ao Legislativo e à sociedade diante das movimentações políticas em curso.


Parecer do Ministério Público reforça legalidade dos atos da gestão

A manifestação ocorre dias após o Ministério Público Eleitoral do Rio Grande do Sul recomendar a absolvição do prefeito Cristian Wasem e do vice-prefeito João Paulo Martins em uma ação, que foi protocolada pelo ex-candidato a prefeito David Almansa (PT), que investigava suposto abuso de poder político, econômico e uso indevido dos meios de comunicação nas eleições de 2024. O parecer, emitido pela 143ª Zona Eleitoral de Cachoeirinha em 30 de outubro de 2025, concluiu que não houve irregularidades e que os atos questionados tinham caráter administrativo e legal.

O MP destacou que ações como a entrega de calçados a alunos da rede pública e repasses de verbas durante o período das enchentes foram realizadas dentro da legalidade e sem finalidade eleitoral. Também foi comprovado que páginas locais citadas na denúncia, que suas publicações analisadas tinham caráter informativo, sem interferência do governo.

Diante desse contexto, o Ministério Público pediu a improcedência total da ação, recomendando à Justiça Eleitoral que absolva o prefeito e o vice. O parecer reforça que não houve uso indevido de recursos públicos, condutas vedadas ou abuso de poder político.





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