Vídeo revela execução de jovem algemado por PM em Bom Jesus e Polícia Civil reabre caso como homicídio


Imagem: reprodução PC/RS


A Polícia Civil reclassificou como homicídio o caso da morte de Geovane Matias Maciel, 19 anos, ocorrida em março deste ano, em Bom Jesus. Um vídeo recebido pelo Ministério Público mostra que o jovem estava algemado quando foi baleado por um policial militar, contrariando a versão inicial de confronto armado.

Vídeo muda rumo das investigações e levanta suspeita de execução

O caso, registrado em 4 de março como morte decorrente de confronto, passou por uma reviravolta no mês de junho. Um vídeo encaminhado ao Ministério Público mostra que Geovane foi retirado de um veículo por quatro policiais militares e, mesmo com as mãos algemadas para trás, foi alvejado por dois disparos à queima-roupa por um dos PMs.

Geovane Matias Maciel, de 19 anos, tinha um mandado de prisão em aberto, mas não apresentava risco no momento da execução. A gravação expõe que ele não oferecia resistência, o que contradiz a versão inicial dos policiais envolvidos.

Brigada Militar afasta agentes e IPM é instaurado

Após a revelação do vídeo, a Brigada Militar afastou os quatro policiais envolvidos na abordagem. Um Inquérito Policial Militar (IPM) foi instaurado para apurar a conduta dos agentes.

A instituição ainda não se pronunciou oficialmente sobre o conteúdo da gravação, mas confirmou que os PMs estão afastados de suas funções operacionais até a conclusão do procedimento.
Polícia Civil reabre o caso como homicídio

Com base no novo elemento de prova, a Polícia Civil decidiu abrir um novo inquérito, desta vez investigando a conduta dos agentes sob a tipificação de homicídio doloso, quando há intenção de matar.

A delegada responsável pela investigação afirmou que o caso será conduzido com rigor e que todos os envolvidos prestarão depoimento novamente, com possibilidade de responsabilização criminal.
Caso gera comoção e pressão por justiça

A repercussão do vídeo gerou indignação nas redes sociais e reações de entidades de direitos humanos, que cobram apuração independente e transparente. Organizações civis pedem o acompanhamento do caso por órgãos externos e reforçam a necessidade de responsabilização exemplar em casos de violência policial.

O Ministério Público, que recebeu o vídeo, acompanha o caso e poderá apresentar denúncia com base no novo inquérito.


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