Estrada Iluminada | Aperto de mão


Por Nilton Moreira 



A pandemia mexeu com tudo no Planeta. Influenciou novas modalidades de relacionamentos e fez com que pessoas que estavam distantes se aproximassem e expressassem em pensamento ou via redes sociais sentimentos de carinho e fraternidade.

A caridade também passou a ser exercitada em maior amplitude, já que muitos perderam seus empregos e passaram a viver da ajuda de outrem e de grupos de solidariedade e as entidades de amparo e religiosas tiveram de se adaptar para receberem seus seguidores e não deixar de fornecer além do alimento material, o espiritual, pois que nestes momentos que a tristeza invadiu os lares em razão da perda de pessoas amadas pela doença, a melancolia com depressões se acentuaram.

Certamente vamos sair desta situação mais fortes e com mais fé, e cada um poderá avaliar no que melhorou no que diz respeito caminhar na direção na evolução almejada pelo Pai.

Também o beijo, o abraço, o afago foi posto de lado, pois passou a ser um risco de contágio, e muitos que não respeitaram isso foram causa de contaminação, amargando procederes errôneos.

Mas talvez um dos gestos mais comum que mais ficou prejudicado foi o aperto de mão, esse costume que sempre fez parte ao longo dos tempos. O aperto de mão que é a consolidação mais respeitosa e calorosa existente foi relegado a segundo plano, sendo substituído pelo famoso “soquinho” ou abano de mãos.

Um aperto de mão sempre disse tudo, principalmente quando acompanhado do olhar no olho e de uma expressão simples “como vai”. Ele selava compromissos dos mais delicados até o gesto de agradecimentos.

Claro que existiram apertos de mão que aconteceram apenas para cumprir protocolo ou formalidades, sem haver neste momento uma energia salutar, calorosa. O aperto de mão de alguns políticos, por exemplo, sem o olhar no olho nada significou, mas aquele que é seguido pela conexão e pelo sorriso, certamente foi o mais nobre dos sentimentos.

A mão estendida sempre será o gesto de maior apoio, e neste dia 21 que se comemora o aperto de mão, vamos lembrar daquelas pessoas que sempre nos confortaram e nos ajudaram com a mão sincera, principalmente a Mão Amiga do Mestre que nunca deixou de nos ser estendida, para nos levantar e dar forças para seguirmos em frente.

Vamos esperar mais um pouco. Vamos nos cuidar. Façamos nossa parte. Em breve voltaremos ao aperto de mão.





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