COVID-19 | Alto índice de vacinas não aplicadas no RS pode ser investigada por força-tarefa



Luciana Genro propõe criação de força-tarefa para averiguar situação de vacinas paradas no RS



A deputada estadual Luciana Genro (PSOL) enviou nesta segunda-feira, dia 29 de março, um ofício ao governador Eduardo Leite propondo a criação de uma força-tarefa para averiguar a situação de vacinas que estariam deixando de ser aplicadas no Rio Grande do Sul. No domingo, dia 28, o Jornal do Comércio publicou uma reportagem em que afirma, com base em dados oficiais do governo, que quase 40% das doses recebidas pelo estado ainda não foram aplicadas na população.

De acordo com a reportagem, de 2,2 milhões de doses que o Rio Grande do Sul recebeu, 2,14 milhões foram distribuídas aos municípios mas apenas 1,3 milhão foram aplicadas. Com isso, 831,4 mil doses ainda não chegaram aos gaúchos. Ao jornal do comércio, o governo informou que podem existir três razões para isso: a demora no registro das aplicações no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SP-PNI); a reserva para a segunda dose; e dificuldades estruturais das secretarias municipais.

“Precisamos saber o que está acontecendo e ter uma resposta concreta a este problema. Por isso estou sugerindo ao governo que crie o quanto antes uma força-tarefa com servidores capacitados para identificar quais municípios estão com dificuldades, quais são essas dificuldades e de que forma cada uma delas pode ser enfrentada. Não é possível que tenhamos um estoque de vacinas paradas no pior momento da pandemia”, disse a deputada.

Luciana Genro ainda ressalta que a situação de vacinas paradas tende a se agravar, já que há a expectativa de que cada vez mais o estado irá receber contingentes mais numerosos de doses. “De nada adianta toda a pressão que tem sido feita para termos as doses, se elas podem acabar paradas nas unidades de saúde. Se já estamos enfrentando problemas de vazão com menos doses, a tendência, com a aceleração das remessas, é o agravamento do quadro – algo que não podemos permitir em hipótese alguma”, expressou.


Por Samir Oliveira/Ascom - foto: Agência Brasil



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