Acolhimento às mulheres vítimas de violência tem espaço diferenciado na 2ªDP de Cachoeirinha





Local funciona há cinco meses na 2ª DP de Cachoeirinha, garantindo privacidade e mais atenção a quem precisa registrar ocorrência.


Por Vanessa Martins - Foto: Kátia Freitas/PMC


As mulheres vítimas de violência doméstica no município podem contar, desde março, com um espaço especial de acolhimento e escuta na 2ª Delegacia de Polícia Civil, na avenida José Brambila, 1026: é a Sala Lilás. No local, separado do plantão e organizado com delicadeza, as vítimas podem conversar com a coordenadora Elisângela Thiel Tresoldi, que esclarece todas as possibilidades que a lei pode oferecer para cada caso. "A pessoa não é obrigada a registrar uma ocorrência. Em alguns casos, apenas esclarecemos as dúvidas, mostramos as opções e seus desdobramentos, e a vítima fica à vontade para decidir. O mais importante é que ela saiba que pode contar com todo o suporte da Rede de Atendimento: Polícia Civil, Patrulha Maria da Penha da Brigada Militar, Ministério Público, Estado, Prefeitura, Comdim, e todos os serviços que protegem ela e seus filhos", explicou Elisângela.


Além do acolhimento, escuta, orientação, registro de ocorrências, a Sala Lilás também faz a investigação dos casos e a interlocução com os demais agentes que compõem a Rede de Atendimento: "este é um trabalho que não existia antes. Apesar de conhecer os demais agentes públicos, nós não tínhamos esta articulação, o que passou a acontecer este ano, com a constituição da Rede e o Programa Viva Mulher foi fundamental neste processo, tanto que construímos juntos uma cartilha de orientação. Um material informativo que foi feito por muitas mãos". A cartilha "Coisas que todas as mulheres precisam saber" pode ser consultada aqui: 



Em 2018, houve três homicídios de mulheres em Cachoeirinha. Os registros de violência contra a mulher têm aumentado em todo o país. Para a soldado Rios, da Patrulha Maria da Penha, há uma percepção de que a violência ainda é grande, "mas também há mais informação circulando entre as mulheres. Elas estão conhecendo cada vez mais os seus direitos e buscando ajuda. Este também é um fator que contribui para o aumento dos registros". Ela destaca que, na Patrulha, além de acompanhar a vítima até em casa, após a ocorrência, também são feitas visitas periódicas para saber se o agressor está cumprindo a medida protetiva. "Atualmente estamos fazendo o acompanhamento de 300 vítimas na cidade", informa ela.

Denúncias de violência doméstica podem ser feitas em qualquer canal da Rede de Atendimento (endereços e telefones estão na cartilha) ou pelo número 180 em qualquer dia ou horário. O telefone da Patrulha Maria da Penha é 51-98413.4681, das 10h às 18h.



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