ILHA DE LIXO: Cachoeirinha dá início à triagem do material retirado do rio Gravataí


Foto: Tiago Cechinel/PMC


Resíduos estão sendo separados pela equipe de limpeza para serem descartados adequadamente.



Uma área de 500m², localizada no pátio do Complexo de Serviços, no bairro Moradas do Bosque, foi preparada para receber o material que está sendo retirado do rio Gravataí, onde se encontra a “ilha de lixo”. No momento, a empresa contratada pela prefeitura de Cachoeirinha para realizar a limpeza, está retirando a vegetação aquática para viabilizar a navegação dos equipamentos que serão utilizados para a remoção do lixo, chamadas de macrófitas. Uma parte do lixo se fixou nas macrófitas e é este material – vegetação mais lixo – que está sendo levado para o pátio do Complexo, onde ocorre a triagem. Neste processo, o lixo é separado da vegetação.

O engenheiro ambiental da prefeitura, Felipe Vargas explica que o lixo está sendo encaminhado para um aterro sanitário e que o material orgânico deve ser utilizado em compostagem, dependendo da análise laboratorial.

“Foi feita a terraplanagem do terreno, colocada uma camada de areia e lonas, para se evitar a contaminação do solo. É uma precaução, já que o lixo que é retirado de rios, arroios, etc, é levado para aterros sanitários normalmente”, explicou ele.

A empresa que faz a limpeza estima que este trabalho possa levar cerca de três semanas, porém, podem ocorrer imprevistos que atrasem o serviço, como a descoberta de árvores submersas, que impedem a navegação, já que o nível do rio está baixo. Além disso, há um alerta da Defesa Civil do Estado para chuvas intensas com potencial de alagamentos para as próximas horas. Tudo isso pode fazer com que o trabalho, que já é complexo, se torne mais lento. O prefeito Cristian Wasem alertou ainda que “estamos unindo esforços para que esse trabalho seja finalizado o mais rápido possível. Cachoeirinha agradece a ajuda que tem recebido e queremos conversar com os prefeitos das nove cidades que fazem parte da bacia do rio Gravataí, para lançarmos o Pró-Gravataí, que a exemplo do Pró-Sinos, vai ser usado para criarmos uma rede de trabalho conjunto de preservação do nosso rio e educação ambiental”.


ENTENDA O CASO

Com a baixa do nível do rio Gravataí, devido à estiagem, uma “ilha de lixo”, com ficou conhecida, apareceu próximo à ponte que liga Porto Alegre a Cachoeirinha. Com isso, Cachoeirinha deu início à contratação de uma empresa especializada na remoção deste material, que tinha (e ainda tem) risco de se deslocar para o lago Guaíba. O lixo acumulou em um “braço” do rio Gravataí na altura de Cachoeirinha, mas é oriundo de diversas cidades por onde o rio passa e recebe de arroios e outros afluentes. Por causa disso, o prefeito de Cachoeirinha, Cristian Wasem, pediu apoio de todos os municípios envolvidos, além do Governo do Estado e órgãos como o Ministério Público para conjuntamente buscarem uma solução e, é claro, unir recursos, já que o orçamento do município não pode arcar sozinho com estes custos, que são milionários.

A empresa, num primeiro momento, instalou equipamentos de contenção do lixo e agora está abrindo caminho para os equipamentos que vão remover a ilha de lixo, através da retirada das macrófitas, que estão repletas de materiais como pneus, garrafas PET, sacos plásticos, embalagens, móveis e até capacetes de motociclista. Estes resíduos estão passando por triagem e posterior descarte em local adequado. A próxima etapa será, enfim, a extração da ilha de lixo. O trabalho seguiu durante todo o feriadão de Carnaval e não há um prazo definido para o término, já que não se sabe quais outros obstáculos surgirão.




Redação: Vanessa Martins/PMC 
Edição: André Guterres

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